sábado, 14 de maio de 2022

Sombras do Nada: um poema do mal


Escrito por
MIKE WEVANNE

Pele rasgada
Carne lacerada
Ossos fendidos
A Morte escancarada

Lágrimas e urina
Sangue e fezes
Dentes e metal
A mancha enegrecida

Ele contempla sua arte
Ele encara o artista
Ele que tem os olhos vazios
Toda viscosidade rubra ao redor

Da vida tomada
Da alma ausente
Do mal liberto
Tudo está tingido de vermelho

O tambor no peito
O sabor de ferro
Então as chamas lambem sua pele
Deixam apenas cinzas

Quando ele volta para o seu lar maldito
Onde chafurdam os condenados
Em lágrimas e urina
Sangue e fezes

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4 comentários:

  1. Respostas
    1. já tô pensando nuns textos derivados desse poema, hehehe

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  2. Pô, dei valor, esse poema da pano pra manga ainda, hein?
    Tomara que o sr não fique mais tanto tempo sem postar.

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    1. Oxalá, compadre!
      Pois é, uma prova de que mesmo sem o favor das Musas, um exercício pode render possibilidades interessantes, tanto de motivação quanto de criação!
      Valeu por comentar, EDR!

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