segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

VERSOS NÃO RIMADOS: DO AMOR DE DEUS

Eu amo o amor.
Deus é amor,
Então eu amo Deus.

Eu amo a verdade.
Deus é verdade,
Então eu amo Deus.

Deus é o Caminho
Mas o Caminho é longo demais...
E o entendimento da humanidade, breve.

G.W.T.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

RELICÁRIO: DAS EMOÇÕES


Quanto mais emoções melhor. A pior coisa da vida é quando ela passa a ser resumida num dia após o outro. Vivê-la é essencial.

G.W.T.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

RELICÁRIO: SOBRE A MÚSICA

Não basta ouvir a música, precisamos sentir a música.

Não basta sentir a música, precisamos viver a música.

G.W.T.

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Novo blog: Gigantes ou Moinhos de Vento?


Saudações joviais.

Venho através desta avisar aos eventuais leitores que acompanham meus passos tropegantes na atividade escrita, que criei um novo blog especificamente voltado para minhas desventuras na escrita de ficção.

Há uns anos, ali em 2008, quando criei o Os Contos de Óculos com o objetivo de escrever coisas mais intimistas, sem quaisquer pretensões literárias, o fiz apenas para publicar aos olhos de amigos e de certa forma, principalmente para mim mesmo.

Alguns anos depois, quando surgiu a ideia e a vontade para escrever de forma mais consistente, foi uma escolha natural aproveitar certa poesia que existia nos textos que eu vinha escrevendo para então agregar a intensão literária.

E tem sido assim desde então.

Mas desde o começo meu principal objetivo na escrita era escrever ficção fantástica. Embora os textos poéticos e intimistas permaneçam presentes. E isso me incomodou um pouco. Foi quando eu resolvi criar o Gabriel Tudor. Tanto um personagem quanto um heterônimo, ele me serve para continuar dando vasão ao que eu sinto necessidade de escrever, mesmo não sendo o meu objetivo principal.

Mas o incomodo ainda permanece. Principalmente porque os textos de ficção são mais raros de serem publicados, o que acaba (segundo meu ponto de vista) deles serem ofuscados em intensão pelos textos intimistas e poéticos.

Então para finalmente fazer essa transição definitiva, resolvi criar outro blog. Para aqueles tem interesse especificamente nos textos de ficção que eu escrevo, sugiro que acompanhe o que irei publicar lá no Gigantes ou Moinhos de Vento? mas caso curta os textos escritos pelo Gabriel, fiquem a vontade para continuar lendo o que ainda sairá pela banda de cá no Os Contos de Óculos.

Segue uma apresentação do novo blog neste link.

Seja como for, agradeço muito os olhos curiosos e o tempo dispendido.

E como sempre, lhes desejo Bons Ventos.

MWXS

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Os Diários de Óculos: o desconto na segunda-feira

Sabe, beber na segunda-feira deveria ser algo melhor socialmente aceito, em respeito ao luto pelo final de semana que passou.

MWXS

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RELICÁRIO: POEMA DOS PERDIDOS

Primeiro os olhos caem nos olhos
E os rostos se aproximam.
Um leve gesto carinhoso
E os corações batem forte.
Os lábios se tocam, as bocas se perdem.
E assim começam
Todos os grandes amores do mundo.

G.W.T.

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sábado, 7 de dezembro de 2019

Os Diários de Óculos: o mau de um coração inquieto

A história da minha juventude: vivia tendo paixonites! Pegava isso como quem pega gripe!

G.W.T.

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

RELICÁRIO: O CICLO (AMARGO) DA SABEDORIA


Cada pergunta, há de se encontrar uma resposta. Cada resposta, há de se encontrar uma nova pergunta.

G.W.T.

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sábado, 30 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: TRÊS COISAS DO MEU ABUSO

Três coisas me despertam um ódio tremendo: homem machista, gente pedante e muriçoca gorda!

M.W.X.S.

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terça-feira, 26 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: DESSES LANCES DE AMIZADE

Eu sempre fui muito ligado afetivamente aos amigos. E por motivos diversos, até mais do que com a família. E a vida vai dando uns sopapos na gente pra mostrar quem são os amigos de verdade, aqueles com quem podemos contar.

Confiança é uma coisa complicada. A gente dá mas não tem o direito de cobrar.

G.W.T.

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

RELICÁRIO: DO TRISTE FIM DOS SONHOS

Uma felicidade sonhada…
Um amor sonhado…
Uma vida sonhada…
Um sonho
Não vivido.

G.W.T.

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sábado, 23 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: VINTAGE É AMANHÃ

Tava conversando com uma amiga, explicando que "noir" é "tipo aquelas histórias de detetive dos anos 20" e me toquei que "anos 20" é ano que vem. :-P

M.W.X.S.

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terça-feira, 19 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: DA FELICIDADE DISTANTE

E se eu, desenganado da possibilidade de ainda ser feliz nesta vida, me contentasse apenas em dar felicidade para alguém?

G.W.T.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

RELICÁRIO: DA BOA VIAGEM

Uma viagem é uma aventura de miríades de rostos e lugares. Para se ter a Boa Viagem, é necessário enxergar os sentimentos e emoções presentes na vida da natureza e das cidades. Nos caminhos e nas faces que encontramos.

G.W.T.

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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: PRÓLOGO

Quando a parte difícil ficou para trás. Bem aventurado um coração que não desvanece. Que sobrevive aos golpes que recebe da vida, agradecido pelos dias bons.

O fôlego dividido por um beijo, o aperto de um abraço que tentou tornar dois corpos num só. O calor de uma chama eterna, o amor que se apagou diante dos caprichos do tempo e do acaso.

E a vida continua.

Esbarrando com outros sorrisos, em rostos que carregam pequenos mundos para conhecer, dispostos a compartilhar algumas páginas de suas próprias histórias. Estrelas no céu. Nos guiando enquanto vagamos durante o inverno. Longo inverno.

Vivendo alegrias e confusões. Mais confusões. Algumas alegrias.

E a vida continua.

Ao começar quando termina.

G.W.T.

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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: EPÍLOGO

Do G.W.T.

Escrevo essas palavras encerrando um coração quase-morto num canto perdido de um espírito desenganado.

Os pés andam adiante. Um passo de cada vez. Tem sido dias cinzentos. E no horizonte nenhuma terra prometida, nenhuma glória. Não haverão mais dias felizes.

Piso num chão de ferro, onde meus sonhos se deitam.

Sem amores. Sem alegrias. Ocasionalmente um sorriso para se apegar. Uma noite para dividir. E nada mais.

Apenas minhas pernas sobraram. E o sangue pulsando nas minhas veias. E o rumo adiante.

Mas os meus passos não vão durar o suficiente para que eu descubra o que há no final do caminho.

Porque a vida é eterna diante do espírito que desvanece.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: O OFÍCIO DE QUEM ESCREVE

Fazemos o que podemos com as palavras que a linguagem nos dá e com os sentimentos que os deuses nos permitem.

G.W.T.

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: NOVENTISTA

Os anos 90 foram os meus anos 80 que valeram.

G.W.T.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: QUEM PERCEBE O PERCEBEDOR?*

Eu reparo em tudo, menos nas coisas que não reparo. Porque estas me passam pela reparação.

G.W.T.

* Em 4 de novembro de 2015.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: AI DE TI, PALAVRA MINHA*

As pessoas não cuidam das palavras que usam.

G.W.T.

* Em 27.out.2017 (via Facebook)

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domingo, 27 de outubro de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS, OS MACACOS: O TEMPO E AS COISAS QUEBRADAS

As pessoas dizem que o tempo cura tudo, então esperam. Quando na verdade são elas quem tem que consertas coisas, reparar feridas.

O que foi quebrado quebrado está.

G.W.T.

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sábado, 19 de outubro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: OI-OI-OI!

Reprise de Avenida Brasil na TV: Carminha manipulando e seduzindo Tufão.

Idiota na sala: — Tá vendo aí, como são AS MULHERES?

Numa cena posterior: Cadinho numa festa tentando esconder as DUAS ESPOSAS E A AMANTE.

Idiota: calado e sem comentários sarcásticos, porque né, tá tudo ok.

Fico mais puto ainda com aquela risadinha de condescendência que a pessoa espera no final, esperando que você se torne cúmplice do comentário idiota que ele fez.

G.W.T.

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sábado, 5 de outubro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: A SOLUÇÃO DE TODA QUESTÃO

Depende é a resposta certa para qualquer pergunta.

G.W.T.
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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: O TEATRO DOS DIAS

Sou um péssimo mentiroso, mas um farsante razoável.

G.W.T.

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terça-feira, 24 de setembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: A SINCERIDADE DO IDIOTA

O mundo seria um lugar melhor se as pessoas apenas soubessem a diferença entre o fato de não concordar com algo e a própria necessidade de se comportar como um idiota.

G.W.T.

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sábado, 21 de setembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: DEPOIS DO REINO DE MORFEU

Pesadelos são pesadelos. Sonhos ruins podem ser pesadelos. Sonhos bons são pesadelos.

G.W.T.

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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: AONDE VOU GUIAR MEU OLHAR?

Uma coisa é se manter informado e preocupado com o rumo das coisas em volta, outra coisa é ficar chafurdando em notícias que além de não agregarem nada aos acontecimentos e à nossa percepção, vão prejudicar nossa saúde mental e consequentemente, física.

GWT

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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

O BLUES DE NOVA BABEL: TRÊS CARTAS (PARTE 3 - FINAL)

Obs: você pode ler a primeira parte deste conto seguindo este link, e a segunda, aqui.

Escrito por
MIKE WEVANNE

A noite segue sua procissão louca e eu me deixo levar por alguns minutos. Vejo alguns sorrisos em rostos conhecidos e em muitos desconhecidos. Quando volto a si perco a noção do tempo que passou. Provavelmente já eram os efeitos da bebida. Respiro fundo e sinto a felicidade ébria começar a tomar meu corpo, sob a agradável anestesia dos sentidos, peço mais uma dose de pinga ao espanhol. Ele fala algo, eu só aceno com a cabeça e sorriu fingindo que entendi o que ele disse. Viro o copo, cerro os dentes e deixo a batida da música me levar novamente prum lugar distante.

— E aí, meu querido! Tá perdido aí dentro? — A voz me tira do transe e recebo um abraço antes de conseguir responder.

— Glauco! — Devolvo o abraço. Ele está diferente. Cabelos e barba crescidos. Ele me apresenta a uma amiga. Elizabeth. Linda. Ela sorri. Provavelmente eu devo ter feito alguma coisa engraçada enquanto tentava disfarçar que não estava tão bêbado.

Glauco é um grande amigo. Dividimos boas noites juntos, rimos muito, bebemos muito, até trocamos alguns socos. Um irmão trazido pelas desaventuras da juventude. Não consigo lembrar de quanto tempo fazia que não nos víamos. Meses? Talvez mais de um ano ou dois.

Todos nos afastamos, numa amizade presente, embora distante. Eu, ele, e…

— Ei, tu viu a Vanice naquela mesa de pôquer lá no fundo? O amigo dela tá numa pilha muito errada. Vai dar merda, aquilo lá.

— Também acho que vai. Parece que a coragem dele é maior do que o cacife do jogo. Se não é coragem, só pode ser burrice. E olhando daqui eu digo que das duas coisas, é a segunda.

Ele detém o olhar na direção da mesa onde Vanice está por alguns segundos. Não foram muitos segundos. — Mas sim, estamos indo pro Cantina Luna, quer ir com a gente?

— Acha que lá está melhor do que aqui? — Eu olho para Elizabeth, ela sorri novamente, mas desta vez eu não fiz nada idiota. Era um convite.

— Vamos encontrar com a Monique e com o Jack. Depois que fechar lá vamos dar uma volta, fumar um pouco e amanhecer no apartamento da Monique. — Ele dá uma risada sínica que eu não entendo muito bem o que significa. Deve ser algo do tipo “ei, bora lá que tu não vai se arrepender!”. Afinal o fato deu não entender a mensagem não significa que eu não saiba que ela está lá. Isso me tornava imune à magia do desgraçado. Glauco sempre consegue arrancar duas coisas de alguém: uma risada ou um favor.

Um bom amigo, mas um canalha também.

— Não sei. Na última vez que bebi com o Jack, as coisas não deram muito certo. — Junte dois caras teimosos parecidos demais e ainda assim diferentes demais num mesmo cômodo, adicione álcool à equação e o resultado geralmente dava em briga. Pelo menos era uma boa briga.

— Besteira. O Jack tá de boa, né Liza? — Novamente o sorriso cínico. Dessa vez eu entendo o significado.

Nós costumávamos andar juntos. Quando o Glauco e a Vanice eram enrolados. Desde então alguns anos estão entre aqueles dias e hoje. Agora nos restaram alguns encontros ao acaso, dividimos sorrisos, algumas garrafas de cerveja e um punhado de boas memórias.

Enquanto Glauco conversa com Elizabeth sobre os rumos da noite, por algum motivo eu lembro de um dos nossos últimos encontros.

Havíamos fechado um bar. Não lembro qual era o bar. Estávamos os três, eu, ele e Vanice. Vagando por alguns minutos enquanto decidíamos onde seria a próxima parada. A noite nos embalava com um clima úmido, uma ameaça de chuva, do tipo que nos deixa carentes e com frio, em busca do calor e do conforto no abraço de alguém. Um desejo que quer tomar o controle, então faz o nosso corpo pedir mais álcool. Eu já estava conformado em segurar vela, então sentei na sarjeta enquanto esperávamos um táxi passar. Não tinha ninguém na rua, apenas nós três. Sozinhos com a cidade. Olhei para o céu nublado e me perdi um pouco. Eu nunca me perco um pouco. Começou a chuviscar, mas eu não me importei. Era uma boa noite. E os deuses estão na chuva.

Quando percebi o silêncio imaginei que os dois estavam se beijando. Vi um táxi e me virei para avisá-los, mas pareceu que os dois tinham me seguido até as nuvens: estavam ali parados ao meu lado, abraçados e olhando pro céu. O táxi passou por nós e foi embora.

— O que houve? — Eu dou uma risada baixa.

Nenhum dos dois move o olhar. — Nada, só está bom aqui. — Vanice se aninhou ainda mais no abraço do Glauco.

Eram naqueles momentos tão perdidos que eu costumava me encontrar. Quando eu não sabia aonde ir, bastava estar ao lado de bons amigos. Quando eu procurava palavras, bastava a sua companhia. Quando eu queria entender o mundo, bastava viver brevemente naquele universo paralelo.

Então um estouro seco me traz de volta ao Última Chance. As pessoas gritam e a banda para de tocar. Todos correm para a saída. Elizabeth puxa Glauco pelo braço, mas ele resiste e tenta ir na direção oposta da onda de gente que se forma. — Isso foi um tiro!

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Dois outros tiros seguem o primeiro.

Peço pra Elizabeth ir embora. Contra as pessoas fugindo, eu e o Glauco corremos para o fundo do bar. Não falamos nada, mas não queremos bancar heróis, estamos preocupados com Vanice.

O lugar está uma bagunça. Três homens estão cercando outro como se estivessem apartando uma briga. Mas não há alguém para ele brigar. Uma mesa virada e ao lado dela um homem no chão, deitado numa poça de sangue. No meio do pandemônio, Vanice, assustada tentando processar o caos.

— O que aconteceu, Vittorio? — Eu levanto a voz e falo com o homem que todos tentam acalmar. Ele ainda está com o revólver na mão. Eu sei o que ocorreu, só quero dar tempo para o Glauco tirar a Vanice de perto da confusão. Ela o abraça, chorando pela morte do seu amigo.

O amigo burro.

— Esse trapaceiro filho da puta! — Ele aponta a arma para o corpo no chão. Vittorio é filho de um vereador. Riquinho mimado. Um dos motivos para o amigo da Vanice ter percebido que era uma péssima noite para bancar o espertinho numa mesa de pôquer. Então ele avança sobre mim, agora com a ponta do ferro na minha direção. — Não se mete, Marco! E não quero saber de tu abrindo a boca pro teu amiguinho da PM! Já tô por aqui com a merda de vocês dois!

Eu me calo. Diferente do defunto, eu sei que não posso provocar um idiota que pode me matar por capricho. Ergo as mãos para mostrar que não quero problemas.

O séquito de lambe botas consegue levar Vittorio embora antes que a polícia chegue.

Vanice está em choque. Glauco me encara, sinalizando para irmos embora dali. Ela não quer ir, quer socorrer o amigo.

— Lucas… Lucas! Liga pro socorro, Glauco! — As lágrimas dela perdem o brilho quando se misturam e borram sua maquiagem. Ver o desespero tomar aquele rosto era uma tragédia maior do que a morte de um tolo numa mesa de pôquer.

O nome do amigo burro é Lucas.

Esta noite a cidade resolveu que não seria gentil com o Lucas.

Ela resolveu nos mostrar que as pessoas são responsáveis pela sorte que tentam criar para si mesmas. E Lucas era sua lição viva — na verdade, morta — dizendo, saia da linha querendo abocanhar algo maior do que os dentes podem morder e você morre num estalar de dedos. Ou no aperto de um gatilho. Literalmente.

Das mangas longas da blusa do Lucas, empapadas em sangue, as provas da sua tolice e as delatoras que lhes sentenciaram à morte. Dois valetes e uma rainha.

Três cartas.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS, OS MACACOS: FILHOS DE NARCISO

O mundo gira, gira, não para nunca e nos mostra o quanto a sabedoria das pessoas não sobrevive à vaidade.

GWT

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terça-feira, 3 de setembro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: TRISTE RESOLUÇÃO

O sentimento de que, apesar de tudo, precisamos mais das pessoas do que elas precisam de nós é devastador.

G.W.T.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: UM PASSO DE CADA VEZ

Para alguns a vida é a conquista solitária de cada dia.

GWT.

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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS - "CHORE, E VOCÊ CHORARÁ SOZINHO"

Ninguém se interessa de verdade pelo nosso choro. Nem mesmo aqueles que se interessam pelo nosso choro. As pessoas buscam prazer, não fossa.

GWT

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS: OS MACACOS! - DA HUMANIDADE

A humanidade é um habitat peculiar e periculoso onde existem indivíduos que querem o direito de se expressar contra a liberdade de outros que querem o direito de se expressar contra aqueles que querem o direito de se impor sobre sua liberdade.

GWT

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segunda-feira, 10 de junho de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS: OS MACACOS! - DA IGNORÂNCIA

Existem dois tipos de ignorância: a ignorância cultural e a ignorância estúpida.

A ignorância cultural é uma mazela social.

A ignorância estúpida também, além de ser uma enfermidade altamente contagiosa. Alguns de seus sintomas nefastos são cegueira e surdez seletivas (e convenientes), afetando drasticamente as faculdades de pensamento e ação dos indivíduos portadores.

GWT

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segunda-feira, 3 de junho de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS: OS MACACOS! - DO ARREPENDIMENTO

O que precisamos fazer é aceitar as consequências de nossas ações e seguir adiante. Aprender com os nossos erros, buscar reparação, e evoluir como pessoas. Arrependimento é querer desfazer a culpa. É querer voltar ao ponto de partida. O tempo não funciona assim. 

GWT

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segunda-feira, 13 de maio de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS: OS MACACOS - DA DOR

Mesmo a dor tem que ter utilidade, seja aprendizado ou prazer. Quando a dor só traz mais dor, há apenas uma espiral descendente na qual quanto mais se afunda, maior será a energia necessária para sair dela.

G.W.T.

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sexta-feira, 10 de maio de 2019

CONTO - AS CRÔNICAS DA ERA HIBORIANA: O ANCIÃO DOS TOMOS VELADOS

Ilustração: MWXS

Escrito por
MWXS

Há eras, quando os homens ainda adoravam o deus Júpiter e todo o panteão que outrora pertencera aos povos helênicos, Roma era o centro do mundo!

Gladiadores valorosos lutavam na arena do Coliseu diante da turba que os assistia, tomadas pelo frenesi das batalhas onde homens lutavam contra homens, e bestas de regiões distantes.

As poderosas Legiões viajavam através das fronteiras do vasto império de César, afirmando e expandindo seu domínio, fossem soldados dispostos a dar a vida pela honra romana ou mercenários conquistando seu ganha pão através do derramamento do sangue bárbaro dos inimigos do Império.

Existiam as Vestais, sacerdotisas que guardavam com sua pureza os segredos, costumes e crenças dos romanos dentro dos templos dedicados a deusa do fogo, Vesta.

Assim era Roma, a Cidade-Império: onde homens comerciavam em suas ruas estreitas, onde nobres mergulhavam em prazeres dentro de palácios, políticos se envolviam até o pescoço em intrigas e camponeses trabalhavam arduamente como força motriz para sustentar o vasto domínio romano.

No entanto, não foi em nenhum assentamento militar, nem em palácio nobre ou edificação do prestigiado senado onde esta história teve início, mas numa simplória taverna daquele tempo. Aconteceu durante o primeiro encontro, de muitos que se seguiram, entre um grupo de vagamundos e o sábio chamado Alcion dos Tomos Velados. Foi naquela noite esquecida do tempo, sob a luz pálida das velas espalhadas pelo recinto construído em madeira.

O velho estava quieto num canto, imóvel, sentado diante de uma caneca de vinho que descansava sobre uma mesa que não via um trapo de limpeza há muitos dias. Ele trajava vestes brancas e leves. O aro prateado que adornava sua testa enrugada, suada devido ao calor morno que fazia, brilhou diante das chamas tímidas que bruxuleavam em volta. Seu semblante era calmo, os poucos cabelos grisalhos que haviam sobrevivido à calvície denunciavam a experiência e o conhecimento reunidos através de muitas décadas de vida. Alcion coçava a longa barba meticulosamente, quando percebeu a aproximação do grupo de desconhecidos.

— Acredito que vocês sejam os jovens que estavam à minha procura... Podem notar que não estou surpreso, muitos me procuram para ouvir histórias e eu lhes contarei com prazer, esmero e honestidade.

O grupo apenas se entreolhou em silêncio, atentos às palavras que o velho proferia com sua voz seca, ritmada e poderosa, sobre as lendas há muito esquecidas narradas nas perdidas Crônicas da Nemédia.

— Pois saibam, que entre os anos em que os mares afundaram a mítica Atlântida e os anos em que surgiram os Filhos de Aryas, houve uma era jamais sonhada! — Seus olhos cerraram e suas mãos gesticularam como se estivessem polvilhando areia ao vento.

— Reinos de grande esplendor se espalharam pelo mundo como se fossem as estrelas no céu noturno: Nemédia, Ophir, Britúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas sedutoras mulheres de cabelos negros e suas torres guardadas por aranhas sinistras. Zíngara e sua cavalaria. Koth, que fazia fronteira com as terras pastoris de Shem. Stygia e suas tumbas assombradas pelas sombras, e a Hirkânia, onde os cavaleiros se adornavam com aço, seda e ouro. No entanto, era o orgulhoso reino da Aquilônia que imperava suprema nas oníricas terras do ocidente.

O velho parou um momento para retomar o fôlego, como se estivesse, durante alguns instantes, sido transportado para aqueles dias antigos. Molhou a garganta com vinho e ofereceu um sorriso para sua platéia atenta, jovens cheios de vida, ávidos para saber do que ele tinha para lhes contar.

— Eu, Alcion, serei seu cronista e lhes falarei sobre feitos de outrora. Permitam-me convidá-los para se sentarem ao meu lado e ouvir como foram aqueles dias de grandes aventuras...

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PS: esse conto apresenta livremente "As Crônicas Nemédias" de Robert E. Howard, in memorian.

Escrito por MWXS.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

O CAÇADOR DE PALAVRAS - FEAR THE WALKING DEAD #S04

"Eu não penso nisso porque não me faz bem. Mas reconheço que é verdade. A verdade é algo que você não pode contornar."
— John Dorie (#E01)

"Não há espera. Não neste mundo. Esperar... É assim que perdemos as pessoas."
— Morgan Jones (#E05)

"Você tem um objetivo de vida ou está buscando por um?"
— Jim Brauer (#E11)

"Se você não consegue proteger o que te pertence, então não te pertence."
— Sarah (#E11)

"Sei que não há finais felizes. Mas você tem que lutar todo dia."
— John Dorie (#E13)

"Eu conheço você. Não leva o dia inteiro para reconhecer o sol."
— John Dorie para Laura (#E16)

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segunda-feira, 29 de abril de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS - ESCREVENDO QUADRINHOS

Idealizar um painel para uma história em quadrinhos é como imaginar um frame de uma cena de filme. Ou buscar o melhor quadro para uma fotografia tirada numa máquina de 24 poses (e isso denúncia minha idade), e você não pode tirar qualquer foto! Tem que tirar a melhor foto! A que vai capturar o melhor das pessoas, do lugar e do evento que você quer transmitir ao leitor!

MWXS

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segunda-feira, 22 de abril de 2019

O CAÇADOR DE PALAVRAS - ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ

"O homem tem que por a alma em jogo. Tem que dizer — Tudo bem! Eu serei parte desse mundo!"
— Xerife Ed Tom Bell

"A idade simplifica o homem."
— Xerife Ed Tom Bell

"Essa terra é dura com as pessoas. Você não pode impedir o que está vindo, as coisas não são como você quer. Isso é presunçoso."
— Ellis

"Tive dois sonhos com o meu pai. É estranho. Sou 20 anos mais velho do que ele. De certa forma eu sou o cara mais velho."
— Xerife Ed Tom Bell

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segunda-feira, 15 de abril de 2019

O CAÇADOR DE PALAVRAS - DEUSES AMERICANOS T01E03

"A verdade não se importa com qual versão você prefere."
— Wednesday

"Os deuses só dão presentes quando recebem algo em troca."
— Shadow Moon

"Revelações vem na hora certa, não quando são solicitadas."
— Wednesday

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segunda-feira, 8 de abril de 2019

RECOMENDO - CONTEÚDOS QUE ESTOU SEGUINDO

Saudações joviais.

Neste post resolvi compartilhar alguns conteúdos de cultura pop que eu estou acompanhando atualmente, sobre os mais variados temas em algumas plataformas em vídeo, podcast ou revistas digitais. Não vou fazer novela, segue a lista:

CANAIS DO YOUTUBE
  • Crypt TV: vários vídeos independentes curta metragem com histórias de terror, atualizações mais de uma vez por semana!
  • Dust: também com produção independente de curtas, mas com foco maior em ficção científica. O nível do material é incrível!
  • Maré Geek: além da ótima série de fantasia e humor "Desaventureiros", a equipe começou a publicar também uma stream com partidas de um jogo D&D-like, a série 20Natural.

PODCASTS
  • Curta Ficção: programa sobre escrita, episódio com durações mais simpáticas para quem quer ouvir conteúdo de qualidade mas não pode passar mais de uma hora ouvindo podcast.
  • A Pequena Prosa dos Horrores: esse podcast reúne três youtubers com canais que tratam sobre cinema. O foco é o cinema de terror, mas eles também conversam sobre o que tem rolado na cultura pop de cinema.
  • Jogo Véio: para quem foi feito nos Anos 80 e teve oportunidade de viver o melhor dos Anos 90 no quesito videogames, esse é o podcast! O pessoal esbanja simpatia e também produzem uma revista sobre jogos eletrônicos antigos e um outro podcast chamado "TV de Tubo", como várias curiosidades e informações sobre o que rolava na TV da época.

REVISTAS
  • Action Hiken: web-zine gratuito com foco em quadrinhos mais no estilo mangá. Tem muitas histórias seriadas que são bem interessantes para quem gosta.
  • Dragão Brasil: clássica publicação sobre RPG dos Anos 90, que retornou com força em formato eletrônico. Além de RPG tem algumas coisas legais sobre ficção fantástica e escrita.
  • Mafagafo: iniciativa que reúne contos de ficção fantástica e tenta dar fôlego novo ao cenário da literatura do gênero.

Por hora é isso daí. Deixei algumas coisas para uma eventual segunda postagem sobre o assunto... Meu TOC impede de fazer mais do que 3 recomendações por vez, hehehe.

Espero que o conteúdo seja divertido para aqueles que tiverem curiosidade para garimpá-los.

Bons ventos.

MWXS

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segunda-feira, 1 de abril de 2019

A BALADA DO CALIBRE 38 #1 - PARTE 3: MÃE VINGATIVA

Mais quatro páginas da HQ A Balada do Calibre 38 foram publicadas e podem ser lidas tanto pelo Wattpad (aqui) quanto pelo Tapas (aqui)!

Imagem: Peregrinos Ficções

A história em quadrinhos, com um tempero noir, e com a pretensão de misturar elementos cyberpunk, cassette futurism e dieselpunk, acompanha Félix Vargas e Paulo Garcês, dois agentes da Urbana, empresa privada encarregada do trabalho de Polícia Civil na cidade de Dois Rios, enquanto investigam um assassinato.

A Balada do Calibre 38 é uma HQ produzida pelo selo Peregrinos Ficções, com edição e ilustrações feitas por Mike Wevanne (AKA "eu mesmo") e ilustrações de Evaristo Ramos. Quaisquer comentários apontando erros e acertos são muito bem vindos! Claro, se o material valer, vale dar aquela curtida compartilhada pros amigos!

Bons ventos.

MWXS

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sexta-feira, 29 de março de 2019

VERSOS - ROLE OS DADOS

Do G.W.T.

Role os dados.

Role os dados.
É ganhar ou pagar.
Eu sou um jogador,
Apenas mais um deles.

Jogue as cartas.

São cartas selvagens
Para uma vida selvagem.
E revele meu destino,
A estrada que vou tomar.

O jogo acaba.

Dados param de rolar,
O desfecho é um só.
É quando a batalha começa
A única e a última!

A vida é uma só.

Eu sou um jogador,
Apenas mais um deles.
São cartas selvagens
Para uma vida selvagem.

Role os dados.

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sexta-feira, 22 de março de 2019

VERSOS - E PERMANEÇO

Do G.W.T.

Vivo porque parte de mim deseja viver.
Vivo porque parte de mim luta
Contra a minha outra parte:
A melancólica, depressiva, suicida.

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sexta-feira, 15 de março de 2019

VERSOS - OVELHAS E LOBOS

Do G.W.T.

Nadando contra a corrente,
Caçando o lobo e a serpente,
Somos ovelhas selvagens:
Caçamos lobo!
Juntos temos vantagem.
A vida não é um jogo.

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sexta-feira, 8 de março de 2019

CARTAS PARA ELA - O FIM DE TODOS OS CARNAVAIS

Para Ela,

Do G.W.T.

Esta manhã acordei com um vazio lazarento no peito. Daquele de fazer faltar o ar e de roubar o alento. É um sentimento que me confunde, sabe. Quando as névoas do sonho confundem memória com imaginação.

Eu sei que você estava lá. E todas as aflições do amor em seu esplendor. A paixão sublime da alma, a atração irresistível do corpo, a dúvida destruidora da razão e depois, o choque devastador do despertar.

Mas do reino de Morfeu eu trouxe algo comigo. Não deveria. Minha própria clemência negra.

Numa realidade paralela tudo ainda está bem.

São tantas realidades.

Mas essa é a vida, eu acho. Onde todo carnaval tem seu fim.

Foram tantos carnavais.

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sexta-feira, 1 de março de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS - BRINDEMOS ÀS PALAVRAS

Brindemos à incerteza de cada vírgula, e à satisfação de cada ponto final. E à esperança das reticências...

G.W.T.

Em 3.fev.2019

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS - SOBRE OS FAMILIARES E SEM FACE

Rostos familiares se tornam desconhecidos. Num virar de ampulheta.

G.W.T.

Em 03.fev.2019

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS: PEDIDO DE LEITURA II*

Recebo link pra curtir página de livro. Mesmo que o nome sugira uma obra de ficção fantástica, não vejo nenhuma indicação do que trata o livro, nenhuma sinopse (nem na descrição da página), nem do que está acontecendo na história. Apenas links para novos capítulos. Eu passo.

A pessoa não dá nada ao leitor, apenas muitos links, como se o leitor tivesse a obrigação intelectual de se ficar curioso e se sentir atraído pelo título "dramático e genial" que o autor escolheu. Bora se esforçar mais né? Valorizar a atenção do leitor antes de pedir por ela.

MWXS

* Em 19.jan.2019

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

OS DIÁRIOS DE ÓCULOS - PEDIDO DE LEITURA*

Recebi um pedido de leitura. Eu não sou muito fã desse tipo de mensagem, que beira ao spam, muitas vezes se trata de um link com uma mensagem genérica. Geralmente eu deixo passar, deleto a mensagem e vida que segue, mas neste caso eu resolvi responder. Com educação, prometi espiar o material.

O triste, posteriormente, é ver o desinteresse e desleixo no tratamento com um potencial leitor. A pessoa nem tem o cuidado em agradecer nem com um "obrigado" genérico, pela atenção que eu resolvi dispender.

Resolvo que se sou tratado como um leitor genérico, vou tratar o escritor como um autor genérico. E dedicarei meu tempo precioso (para mim, que sou quem interessa, meu tempo vale muito) a um autor que valoriza a atenção dos leitores que quer cativar, não gastá-lo com quem trata o leitor como massa estatística para gerar visualizações e curtidas.

MWXS

* 23.jan.2019

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CARTAS PARA ELA: EU LEMBRO

Para Ela, de G.W.T.

Eu lembro

Daquele dia em que estávamos nos despedindo. Passamos uma manhã juntos, nos beijamos deitados nas areias à beira do rio. E nunca mais nos abraçamos novamente. Você foi a minha primeira paixão da infância... E da adolescência também!

Eu lembro.

Daquelas noites. Mais tarde. Eu acordava durante a madrugada, sob o som das músicas que sussurravam para nós dois, deitados no colchão largado no chão da sala. Embalados no calor um do outro. E eu voltava a dormir. Você foi a minha primeira paixão da vida adulta.

Eu lembro.

Daqueles dias e daquelas noites. Bem mais tarde. Cada conversa alegre sobre tudo ou sobre nada. Cada abraço cheio de carinho e cada abraço abarrotado de desejo. Amamos nossa carne e amamos nosso bem querer. Então nunca mais nos amamos novamente. Você foi a primeira paixão da minha vida.

Eu lembro.

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