segunda-feira, 13 de maio de 2019

BREVE TRATADO SOBRE NÓS: OS MACACOS - DA DOR

Mesmo a dor tem que ter utilidade, seja aprendizado ou prazer. Quando a dor só traz mais dor, há apenas uma espiral descendente na qual quanto mais se afunda, maior será a energia necessária para sair dela.

G.W.T.

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sexta-feira, 10 de maio de 2019

CONTO - AS CRÔNICAS DA ERA HIBORIANA: O ANCIÃO DOS TOMOS VELADOS

Ilustração: MWXS

Escrito por
MWXS

Há eras, quando os homens ainda adoravam o deus Júpiter e todo o panteão que outrora pertencera aos povos helênicos, Roma era o centro do mundo!

Gladiadores valorosos lutavam na arena do Coliseu diante da turba que os assistia, tomadas pelo frenesi das batalhas onde homens lutavam contra homens, e bestas de regiões distantes.

As poderosas Legiões viajavam através das fronteiras do vasto império de César, afirmando e expandindo seu domínio, fossem soldados dispostos a dar a vida pela honra romana ou mercenários conquistando seu ganha pão através do derramamento do sangue bárbaro dos inimigos do Império.

Existiam as Vestais, sacerdotisas que guardavam com sua pureza os segredos, costumes e crenças dos romanos dentro dos templos dedicados a deusa do fogo, Vesta.

Assim era Roma, a Cidade-Império: onde homens comerciavam em suas ruas estreitas, onde nobres mergulhavam em prazeres dentro de palácios, políticos se envolviam até o pescoço em intrigas e camponeses trabalhavam arduamente como força motriz para sustentar o vasto domínio romano.

No entanto, não foi em nenhum assentamento militar, nem em palácio nobre ou edificação do prestigiado senado onde esta história teve início, mas numa simplória taverna daquele tempo. Aconteceu durante o primeiro encontro, de muitos que se seguiram, entre um grupo de vagamundos e o sábio chamado Alcion dos Tomos Velados. Foi naquela noite esquecida do tempo, sob a luz pálida das velas espalhadas pelo recinto construído em madeira.

O velho estava quieto num canto, imóvel, sentado diante de uma caneca de vinho que descansava sobre uma mesa que não via um trapo de limpeza há muitos dias. Ele trajava vestes brancas e leves. O aro prateado que adornava sua testa enrugada, suada devido ao calor morno que fazia, brilhou diante das chamas tímidas que bruxuleavam em volta. Seu semblante era calmo, os poucos cabelos grisalhos que haviam sobrevivido à calvície denunciavam a experiência e o conhecimento reunidos através de muitas décadas de vida. Alcion coçava a longa barba meticulosamente, quando percebeu a aproximação do grupo de desconhecidos.

— Acredito que vocês sejam os jovens que estavam à minha procura... Podem notar que não estou surpreso, muitos me procuram para ouvir histórias e eu lhes contarei com prazer, esmero e honestidade.

O grupo apenas se entreolhou em silêncio, atentos às palavras que o velho proferia com sua voz seca, ritmada e poderosa, sobre as lendas há muito esquecidas narradas nas perdidas Crônicas da Nemédia.

— Pois saibam, que entre os anos em que os mares afundaram a mítica Atlântida e os anos em que surgiram os Filhos de Aryas, houve uma era jamais sonhada! — Seus olhos cerraram e suas mãos gesticularam como se estivessem polvilhando areia ao vento.

— Reinos de grande esplendor se espalharam pelo mundo como se fossem as estrelas no céu noturno: Nemédia, Ophir, Britúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas sedutoras mulheres de cabelos negros e suas torres guardadas por aranhas sinistras. Zíngara e sua cavalaria. Koth, que fazia fronteira com as terras pastoris de Shem. Stygia e suas tumbas assombradas pelas sombras, e a Hirkânia, onde os cavaleiros se adornavam com aço, seda e ouro. No entanto, era o orgulhoso reino da Aquilônia que imperava suprema nas oníricas terras do ocidente.

O velho parou um momento para retomar o fôlego, como se estivesse, durante alguns instantes, sido transportado para aqueles dias antigos. Molhou a garganta com vinho e ofereceu um sorriso para sua platéia atenta, jovens cheios de vida, ávidos para saber do que ele tinha para lhes contar.

— Eu, Alcion, serei seu cronista e lhes falarei sobre feitos de outrora. Permitam-me convidá-los para se sentarem ao meu lado e ouvir como foram aqueles dias de grandes aventuras...

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PS: esse conto apresenta livremente "As Crônicas Nemédias" de Robert E. Howard, in memorian.

Escrito por MWXS.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

O CAÇADOR DE PALAVRAS - FEAR THE WALKING DEAD #S04

"Eu não penso nisso porque não me faz bem. Mas reconheço que é verdade. A verdade é algo que você não pode contornar."
— John Dorie (#E01)

"Não há espera. Não neste mundo. Esperar... É assim que perdemos as pessoas."
— Morgan Jones (#E05)

"Você tem um objetivo de vida ou está buscando por um?"
— Jim Brauer (#E11)

"Se você não consegue proteger o que te pertence, então não te pertence."
— Sarah (#E11)

"Sei que não há finais felizes. Mas você tem que lutar todo dia."
— John Dorie (#E13)

"Eu conheço você. Não leva o dia inteiro para reconhecer o sol."
— John Dorie para Laura (#E16)

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